Dia da independência
Uma mulher suja, coberta com roupas maltrapilhas. No meio da avenida recém desperta, ela bradava uma felicidade inventada que atrapalhava o trânsito, os transeuntes, os passos todos e as buzinas apressadas. Olha a doida!, diziam os que viam a cena. E ela, rindo e rodopiando, sob o perigo dos carros rentes, cantava: "E no dia da Pátria meu país foi invadido. Foi invadido o meu país e a língua dele agora é minha pátria".
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