domingo, 9 de outubro de 2011

Corpos saciados, cansados de engolirem-se. Nos últimos minutos do invento barato, num quarto de hotel mais barato ainda, ele esparramou seu tronco contra a porta e a puxou para si. Apagou todas as luzes e fez um sinal para que não dissessem nada. Ele nunca tinha estado tão bonito, ela pensou. Com a ponta dos dedos tocou o pescoço quente dele. E ficaram em silêncio: ele ouvindo a respiração dela. Ela ouvindo o coração dele. Do jeito que tinha aprendido: com a ponta do corpo, nas bordas do dedo.

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