domingo, 9 de outubro de 2011

Ele me olha assustado, olhos revirados sobre últimos suspiros, relíquias de entrega. Agonizando a lenta morte, mastigando gestos de dor. Não quero que morra agora, digo-lhe ao pé do ouvido. Quero que sofra. Exijo que lute, que se debata, que não se entregue. Que ele vai morrer eu sei. Que está chegando o momento ele sabe. Então aproveitemos a dor. Enfio um cigarro aceso no buraco de sua barriga retalhada. Ele não geme. Ele só me olha. E isso me enfurece ainda mais.

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